quinta-feira, 2 de junho de 2011

PMSP quer que policiais criminosos cumpram pena em presídios comuns


Colocar PMs que cometeram crimes em prisões comuns, mesmo em lugar seguro dá o que deu com o último PM que morreu em alcaçuz. Mesmo em parte considerada segura, o PM desperta o ódio dos demais presos. Essa é uma medida muito arriscada e posso até afirmar, insensata. Não sei o que passa na cabeça de um gestor ao propor uma medida dessa natureza. Por mais que o PM seja bandido, colocá-lo junto com criminosos comuns, é por em risco de morte, principalmente nos presídios brasileiros.
A Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo irá encaminhar um ofício ao juiz corregedor do Tribunal de Justiça Militar (TJM) solicitando que os policiais militares que praticarem crimes comuns seja detidos em prisões convencionais. Atualmente, os PMs criminosos ficam presos no Presídio Militar Romão Gomes, na zona norte da capital.
A medida foi anunciada nesta quinta-feira (2) pelo comandante-geral da PM, coronel Álvaro Camilo, após recentes casos de policiais militares envolvidos em furtos de caixas eletrônicos no Estado. Investigações da Polícia Civil mostram que 80% dos casos contam com o envolvimento de PMs. A maioria deles recebe propina para dar cobertura aos bandidos, informando sobre a movimentação da polícia no bairro.
Policiais corruptos também se comprometem a retardar o atendimento da ocorrência, a fim de permitir a fuga dos criminosos. Às vezes vão até o lugar do furto e, quando aparecem outros policiais que não estão esquema, dizem que está tudo certo. Tudo ficou registrado pelos grampos feitos durante as investigações dos ataques.
"Ele não um policial, então merece um tratamento de bandido. Vai para o presídio comum", disse o coronel, ao ser questionado sobre o risco de misturar PMs e outros criminosos na mesma prisão.
O pedido que a PM fará ao TJM valerá para todos os casos de crimes comuns praticados por policiais. Segundo Camilo, na solicitação também será pedido para que a regra retroaja para policias que já estão no Romão Gomes. Hoje são 208 presos no presídio militar, dos quais 92 foram condenados.
As investigações dos roubos a caixas eletrônicos estão sendo conduzidas pelo Deic (Delegacia Estadual de Investigações Criminais) da Polícia Civil. A Polícia Militar, por meio da Corregedoria, também apura o envolvimento dos agentes nos crimes. "Mais prisões vão acontecer", afirmou o coronel.
Fonte: notícias uol

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Militar Estadual - Estudante de Direito - Área da segurança pública.