sábado, 13 de dezembro de 2014

O retorno - Publicado nO Jornal de Hoje



Dizem que todo o caminho da volta é bem mais rápido e fácil do que o da ida. Muito embora se percorra a mesma quantidade de passos dados, quilômetros percorridos, milhas voadas ou navegadas. Mas ao que se pensa, a sensação é da chegada mais rápida mesmo.
Todavia, não considero muito fácil um retorno após longos dois anos voltar a deitar no papel algumas linhas com pensamentos acerca de dada conjuntura, fenômeno ou questão social relevante. É que parece que estamos enferrujados e custam sair das mãos os caracteres que irão compor o texto. Mas, façamos um esforço e nos concentremos na tarefa pois consideramos importante toda a forma de expressão.
Ano novo chegando, novos rumos, novas promessas a serem cumpridas, novas metas a se alcançarem, enfim, novos projetos de futuro, os quais fazemos em toda a virada de ano. Bom, pelo menos eu projeto algumas mudanças e sonhos para o ano vindouro. Teremos  Novos (velhos) governos a nos guiar, com suas políticas pré-fabricadas em campanha, as quais notamos muito bem na época de “pedição” de votos, mas que na maioria das vezes ficam só no papel, como já é bem conhecido do brasileiro.
Teremos também novos (velhos) parlamentares a discutirem, apresentarem e criarem leis para o nosso benefício. Do mesmo modo, espero que realmente cumpram seu papel de representantes e produzam muito mais do que já fora produzido para fazerem a nossa nação grandiosa e justa.
            Eu nasci com um defeito de fábrica: sou otimista, mesmo esbarrando às vezes em muros de concreto, continuo acreditando nas pessoas, em seus projetos e sonhos. É com os políticos não é diferente, pois ainda almejo nossa nação grande, com destaque mundial, não somente no que tange números, tais quais PIB, renda per capita, população, mas antes, em desenvolvimento sustentável e participativo, com uma melhor distribuição de rendas e com projetos que realmente retirem as pessoas da linha da pobreza. Por isso sempre voto, escolho bem as melhores propostas e voto. Nada de anular ou branquear meu sufrágio. Prefiro arriscar.
            O futuro? Ah, este a Deus pertence, apenas a nós cabe continuar sonhando, lutando, combatendo o bom combate no intuito de melhorar as coisas. Vi num filme certa feita uma frase que achei muito relevante e levei comigo como pensamento de bolso: “Que homem (mulher) é o homem (mulher) que não procura fazer do seu mundo um mundo melhor”? Pois é isto. Votamos nos dedicamos ao trabalho, educamos nossos filhos sempre em busca de um mundo melhor. E ai vem mais uma oportunidade para os políticos eleitos, seja no executivo ou legislativo, de darem o melhor de si para o benefício de todos, sem desídia, sem interesses pessoais e pautando as causas que beneficiem ao povo de uma maneira geral.
            Todo o retorno é mais rápido, é o que dizem, mas uns terão novas oportunidades de mudar o “status quo”, outros chegam de primeira leva, mas todos que foram legitimamente escolhidos para representar nosso povo, tem mais do que a obrigação de trabalhar digna e honestamente, visando o futuro. É importante que demos um basta ao que está posto em matéria de corrupção, locupletamento e enriquecimento sem causa. Queremos representantes honrados, que vivam do seu trabalho e não que façam da política um meio de vida faustosa, como temos visto ao longo dos anos no país.
            Também desejo que o nosso Ser Supremo, criador de todas as coisas, possa abençoar àqueles que foram escolhidos para honrar o voto em nossa democracia combalida da ética, honestidade e bons costumes. Esperamos piamente que esta nova leva de eleitos possa fazer a diferença, para que ano vindouro possamos viver mais em paz, sem tanta violência, com serviços básicos como saúde, segurança e educação dignos, pois assim votamos, esperando as melhoras nas campanhas prometidas.
            Se o caminho da volta é mais rápido ou mais fácil, não sei ao certo, mas sei que se trilharmos o caminho da ida com amor, zelo e dedicação, planejando o futuro, registrando os momentos considerados importantes , tenho certeza que poderá não ser até mais curto, mais fácil, mas com certeza, será muito mais proveitoso e feliz, pois nada melhor que no retorno às nossas origens, nosso lar, melhor lugar do mundo.

Mairton Dantas Castelo Branco – maj PMRN

Imagem da web
           


terça-feira, 1 de julho de 2014

Tribuna do Norte. Governo estadual fraciona pagamento do décimo


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Os servidores estaduais receberão o adiantamento de 40% do décimo terceiro salário, este ano, em duas parcelas: 20%  no dia 16 de julho e igual valor em 18 de agosto. O  fracionamento foi a solução encontrada pelo Governo do Estado, num “esforço adicional do Governo” como classificou o secretário de  Planejamento e Finanças, Obery Rodrigues. O pagamento será feito às custas “da redução da capacidade de investimentos e de despesas com o custeio” da máquina pública, segundo o secretário. Cada parcela do adiantamento do benefício representa um impacto na folha de pessoal de R$ 55 milhões. 
Júnior SantosObery explica que governo reduzirá investimentos para adiantar pagamento do décimo terceiroObery explica que governo reduzirá investimentos para adiantar pagamento do décimo terceiro

A decisão  foi anunciada na tarde de ontem durante coletiva de imprensa na sede da Governadoria, no Centro Administrativo, que assegurou os 60% restante para 20 de dezembro.

O recurso será proveniente de mais cortes nos gastos das secretarias e órgãos vinculados ao Governo do Estado, segundo o secretário, que não detalhou quais contas e descartou a possibilidade de o Estado contrair empréstimo para este fim, a exemplo de 2010, quando o pagamento do 13º foi feito por meio de antecipação de receita, empréstimo junto ao TJRN de R$ 7 milhões e recursos de outras fontes. 

“Tenho resistido a esse expediente, para não ocorrer de deixarmos dívidas para a futura gestão. Já temos uma parte dos recursos por meio do provisionamento, mas não o suficiente para o adiantamento integral dos 40%”, explicou Rodrigues. 

Obery Rodrigues afirma que as receitas do Estado  apresentam crescimento nominal (sem descontar a inflação do período) de 8,2%  no primeiro semestre deste ano  na comparação com o mesmo intervalo de 2013 e que as projeções apontam para manutenção deste patamar ao longo do ano. 

Quando considerado o previsto no Tesouro Nacional para o Orçamento do Estado, para o primeiro semestre de 2014 e o que foi realizado, as receitas sofreram frustração de 8,5%. “A previsão no orçamento deste ano, para o primeiro semestre, era de R$ 1,782 bilhões e foi realizado R$ 1,630 bilhões”, disse.

Contudo, explica o secretário, o incremento não é suficiente para equilibrar as contas frente a velocidade superior em que a folha de pessoal cresce e compromete a maior parte dos recursos. “Não existe mágica”,  completa, “a despesa com pessoal tem crescido acima do crescimento da receita, o que por si só explica a dificuldade enfrentada desde 2013 para cá”, enfatiza o secretário.

Os dois grandes grupos de despesas do Estado se dividem entre a folha de pessoal e o repasse de recursos para os demais Poderes. “Enquanto de 2010 a 2013, a folha cresceu 39%, os repasses subiram 62%”, afirma.  

Historicamente, a estimativa é de queda de receita para o segundo semestre do ano – puxada pela redução do do repasse do Fundo de Participação dos Estados (FPE) – a Secretaria de Planejamento lança mão do provisionamento para manter o novo calendário. O repasse do FPE feito pela União ao RN, em junho, é 25% inferior ao do mês anterior (maio) e cerca de 10%, se comparado a junho de 2013.

Há quase 20 anos, desde que foi aprovado o projeto de lei de provisionamento de recursos, ao longo do ano, o adiantamento da parcela do 13º é prática no Estado.

Custeio
As despesas com custeio (combustível, energia, água, luz, telefone, diárias e outros), em 2010, somavam R$ 339 milhões. Em 2013, os gastos caíram para  R$ 268 milhões – redução de 21% e, nos primeiros seis meses deste ano, a conta fechou em R$ 87 milhões – projetando R$ 170 milhões ao ano. “Houve um esforço significativo para redução do custeio, mas o mesmo não ocorre em relação a despesa de pessoal e de repasse dos poderes”, reiterou.

Os sinais de crise nas finanças do Estado vem sendo dados – e  sentido pelos servidores - desde setembro do ano passado, quando iniciou os atrasos, o Executivo paga a 97% do funcionalismo no último dia útil do mês e deixa 3%,  mais de 3 mil pessoas, para o dia 10 do mês seguinte, quando o tesouro repassa a primeira das três parcelas mensais do FPE.

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Militar Estadual - Estudante de Direito - Área da segurança pública.