terça-feira, 16 de março de 2010

DN on Line - notícias policiais. Por que o índice de resolução não aumenta depois da retirada da função de carceragem dos policiais civis?

85% dos homicídios ficam sem solução na Grande Natal

      O promotor criminal Fernando Vasconcelos, coordenador do Centro de Apoio às Promotorias Criminais do Rio Grande do Norte, resume a lógica por trás de um problema grave que se abate sobre a Grande Natal com uma frase: "toda vez que cresce a impunidade, há um aumento na criminalidade". Isso porque, segundo dados aos quais ele teve acesso junto ao Instituto Técnico Científico de Polícia do RN (Itep), houve um aumento de 21% dos homicídios ocorridos na região metropolitana em 2009, em relação ao ano anterior, enquanto que apenas uma média 15% dos inquéritos de assassinatos chegaram à Justiça com a autoria definida no mesmo período.
     Os dados, segundo ele, mostram que houve um aumento significativo no número de homicídios, entre 2008 e 2009, em algumas cidades da metrópole potiguar. Entre elas, Monte Alegre, com um crescimento de 300%, sendo dois assassinatos em 2008, contra oito no ano seguinte. Em Extremoz, houve um salto de 20 para 38, ou seja, de 90%, no mesmo período.Em São Gonçalo do Amarante, também houve um crescimento de 74%, de 35 para 61. Sem falar na própria capital, que sofreu um aumento de 22% desses casos.
     Em apenas duas cidades houve uma diminuição no registro de homicídios. Em Macaíba, o percentual de queda foi maior que o crescimento em toda a metrópole: houve uma redução de 29% dos casos - de 48 em 2008 para 34 no ano passado. Em Parnamirim, a redução foi de 7% - de 56 para 52. Nos demais municípios, a diferença foi pequena, chegando a ser condiderado pelo promotor como uma situação estável. Em Ceará-Mirim, foram 20 em 2009 e 13 ano ano anterior. Em São José de Mipibu, foram registrados 14 assassinatos em 2008, contra 15 no ano seguinte. No mesmo período, em Nísia Floresta, permaneceram em seis mortes.

Efetivo

   O delegado geral de Polícia Civil no RN, Elias Nobre, reconhece que "a criminalidade cresceu, mas o nosso efetivo policial continuou o mesmo. Há 14 anos não havia concurso para delegado e há 10 não havia para escrivão. O que estamos fazendo para contornar isso é o atual concurso, que formará 90 novos delegados, 137 novos escrivães e 320 agentes, que serão convocados para o curso de formação em 22 deste mês. Esperamos que eles estejam prontos para trabalhar já no segundo semestre deste ano. Com isso, teremos um salto na qualidade de nosso serviço, mais gente para investigar e dar maior celeridade na apuração dos crimes, apontando os responsáveis".
     Elias Nobre afirma que a criação de uma Divisão de Homicídios para a Grande Natal já está nos planos da Polícia Civil. "Contudo, é preciso mais profissionais para criar a Divisão. Assim que tivermos formado o novo efetivo, bastará apenas um decreto do governo do Estado".

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Militar Estadual - Estudante de Direito - Área da segurança pública.