Vivemos hoje na “pós modernidade”
o fenômeno que se propalou chamar de era da informação e até além disso. Há
volatilidade das informações, principalmente no mundo ocidental europeizado e
americanizado que tem passado sua influencia cultural para as nações menos
desenvolvidas e em franco processo de desenvolvimento. Disto se observa que o
“modus vivendi” das sociedades evolui, se aglutina e se acultura.
O pensar a violência hoje nesta
modernidade ou pós-modernidade, como queiram é extremamente diferente da forma
em que se pensava violência na idade média ou em tempos mais remotos. Primeiro
porque em épocas mais distantes, não havia o desenvolvimento humano tal qual
hoje o observamos, em que pesem as diferenças culturais de sociedade para
sociedade, principalmente dos meios tecnológicos que hoje dispomos. Hoje
acordamos com as noticias que nos são repassadas minuto a minuto. Nossas
crianças e adolescentes de hoje francamente podem debater assuntos dos mais
diversos que em décadas passadas outras gerações não tiveram acesso.

Há volatilidade nas
informações. A notícia dada neste momento, daqui a alguns segundos já está
caduca. Assim tem funcionado o moderno sistema racional de informação. Neste
ínterim, principalmente, noticias que tocam o tema violência, recorrente na
mídia atual são mais rapidamente difundidas pois por questões culturais, a
sociedade aprendeu ou foi ensinada a se locupletar de imagens, sons e noticias
que tratam da violência física, vermelha, de sangue. Neste aspecto as
informações repassadas pelo meio televisivo, principalmente as notícias
trágicas e violentas tem nicho privilegiado neste meio de comunicação.
Pois bem as sociedade mais antigas, principalmente as
da idade média, antes mesmo da revolução industrial, eram mais aglutinadas e
focadas no trabalho, na energia e na força. Poderíamos até dizer que haveria
uma consciência coletiva onde predominava uma solidariedade mecânica, como bem
caracterizou um dos arautos da moderna sociologia, Durkheim. De forma inversa,
pelos meios tecnológicos e pela era da informação em que hoje nos encontramos,
predomina uma espécie de solidariedade orgânica, características apontadas por
este autor como sendo de sociedades mais desenvolvidas.
O conceito então de violência,
difere nas etapas porque passaram as sociedades. A violência vista na idade
média e em outras sociedade tradicionais sempre fora associada à idéia da
vingança, seja inicialmente a vingança privada e depois com o monopólio do uso
da violência pelos estados modernos que se constituíam. Estava muito ligado ao
conceito de força, de exercício supremo do poder. Assim eram as penas da época a
exemplo dos famigerados suplícios em praça pública que atraia centenas de
expectadores.
Já nas sociedades modernas o modo de pensar a violência está
diretamente ligado ao conceito da informação. O significado da violência na
modernidade aponta para uma passagem, transformação do mundo da energia, da
força para um mundo da informação. A violência, portanto, está ligada mais à
falta de informação e a um excesso de força, de energia. Na violência, a ação
impõe-se à informação.
A violência na modernidade é mais ou
menos aceita pela opinião pública de acordo com o nível de racionalização, da
informação presente no seu uso. Por isso que em alguns casos, a própria
violência usada pelo Estado pelas suas forças policiais, dependendo da forma
que for empregada, é ser aceita pela sociedade que recebe estes serviços ou desserviços.
A par disto, os organismos policiais
constituídos braços armados dos modernos estados democráticos de direito, tem
se aperfeiçoado a cada dia para o exercício do poder de polícia que lhes é
peculiar. Abusos como dantes ocorriam, hoje não são mais aceitos pelas modernas
sociedades.
O uso da força, da violência legítima deve se dar em últimas
circunstancias, sempre precedido de suas fieis seguidoras a negociação, o bom senso e o
diálogo aberto. O moderno policial diante de um mundo ocidental por demais
violento, deve pautar sua conduta em todas as técnicas apreendidas nos
processos de formação e sempre em defesa dos direitos dos cidadãos e observando
os princípios basilares dos direitos humanos.
Dessa forma tem se pautado a Polícia Militar do Estado do Rio Grande do
Norte, guardiã sesquicentenária do povo potiguar. Abusos são rigorosamente
apurados e seus autores devidamente responsabilizados. Assim tem sido.
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