sábado, 11 de dezembro de 2010

Operação superlota cadeias do Rio

Tribuna do Norte.

RIO - O ritmo acelerado das prisões após as ocupações dos complexos do Alemão e da Penha, na zona norte do Rio, preocupa as autoridades do Rio. O motivo é a superlotação das carceragens da Polícia Civil. Até o dia 2, pelo menos 145 pessoas tinham sido presas, entre traficantes foragidos dos conjuntos de favelas e pessoas que participaram dos ataques contra carros e ônibus. Entre os presos, 16 adolescentes e sete mulheres. Das 24 pessoas detidas em flagrante incendiando veículos, dez eram menores de idade. Entre os adolescentes presos, a maioria morava nas favelas do Alemão e da Penha. 

O deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) alerta que as carceragens da Polinter (Divisão de Capturas da Polícia do Rio) estão superlotadas e que o Estado não construiu nenhuma Casa de Custódia desde 2005. “A Polícia Civil abriga em suas carceragens 4 mil presos, alguns deles em locais sem água potável e luz natural. O Governo do Estado não constrói casa de custódia, mas, paradoxalmente, o discurso é de ocupar território e capturar criminosos”, disse o deputado. Ele já integrou o Conselho Comunitário da Pastoral Carcerária e inspirou o personagem que negocia com os presos no filme Tropa de Elite 2.

Segundo Freixo, a carceragem de Neves, em São Gonçalo (Região Metropolitana), está com 500 presos, mas sua lotação é para 150 detentos. Ele afirma que um dos motivos para a superlotação é a falta de vagas no sistema carcerário para os presos já condenados, que começam a cumprir pena nas celas da Polícia Civil. “Constitucionalmente, a polícia nem tem o papel de abrigar detentos”, ressaltou o deputado. 

A Assembleia Legislativa do Rio aprovou na terça-feira um projeto que autoriza benefícios fiscais aos municípios que construam casas de custódia. Procurado, o coordenador do sistema de controle de presos da Polinter, o delegado Clei Catão, não quis se manifestar.

Últimas prisões

Desde a noite de terça-feira, as prisões mais recentes foram de um acusado de lavar o dinheiro do tráfico, um 
Desde a noite de terça-feira, as prisões mais recentes foram de um acusado de lavar o dinheiro do tráfico, um cabo da Marinha, um taxista e um foragido da Vila Cruzeiro. Ontem, a Polícia Civil prendeu Tiago Augusto dos Santos Igreja, o Tiaguinho do Complexo, que é acusado de lavar o dinheiro do traficante Fabiano Atanázio, o FB, da Vila Cruzeiro. Ele foi detido na sua cobertura, em um condomínio de classe média, em Vargem Grande, na zona oeste da cidade. Nesta região, ele era proprietário de uma imobiliária e de um apartamento no Recreio dos Bandeirantes. 

O acusado tinha passagens na polícia por sequestro e receptação de carros roubados. Agentes da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas prenderam na Vila Cruzeiro um cabo da Marinha acusado de ser ligado a traficantes do Morro do Cajueiro. O nome dele não foi revelado. 

André Carvalho da Silva, de 31 anos, que estava foragido da Vila Cruzeiro foi identificado e preso por policias militares quando estava em um táxi na Avenida Brasil. O taxista Fabrício Alves de Almeida, de 21, também foi preso ontem. Ele transportava drogas da Região dos Lagos para o Complexo do Alemão.

santos dumont

Aeroporto vai ter um novo horário

A Secretaria de Meio Ambiente do Rio de Janeiro e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) anunciaram restrições ao funcionamento do Aeroporto Santos Dumont. A partir de 10 de fevereiro do próximo ano o número de pousos e decolagens no terminal será reduzido de 23 para 14, entre 6h e 8h e entre 20h e 22h30. 

Na licença de operação, concedida hoje, também continua a restrição aos voos noturnos. E o horário de funcionamento passa a ser das 6h às 22h30, com meia hora de tolerância para atrasos. Depois das 23 horas, os voos serão desviados para o Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim (Galeão). 

As medidas atendem às reivindicações de moradores de oito bairros da cidade que reclamam do ruído excessivo causado pelas turbinas dos aviões. Conforme a Secretaria de Meio Ambiente, as queixas passaram a ser mais frequentes depois da expansão do terminal e do aumento do número de voos. Os bairros mais afetados são: Centro, Santa Teresa, Catete, Flamengo, Botafogo, Glória, Laranjeiras e Urca. 

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