quinta-feira, 27 de maio de 2010

Tribuna do Norte - Jornal de Fato - Praga em Serra do Mel

É de um sentimento de tristeza receber uma notícia como esta, tendo em vista a importancia da cultura do cajú no nosso Estado, principalmente no Município de Serra do Mel, local planejado, lugar agradável de se ver. Quem conhece, sabe da importancia de cada  pé de cajú desses para as familias  que tiram desta cultura seu sustento, afora a importancia histórica e cultural de Serra do Mel, projeto de assentamento governamental que teve grande importancia na economia do RN. Esperamos que a situação se reverta e que ao menos se controle essa praga que está afetando a produção de cajú e castanha local.

Praga ataca mais de 3 mil cajueiros

Jotta Paiva - Jornal de Fato

Uma nova praga que afeta a parte inferior da folha do cajueiro põe em risco toda a produção de caju neste ano no Rio Grande do Norte. A “tripes-da-cinta-vermelha” já atingiu mais de 3,3 mil hectares (11%), dos 30 mil de plantação em sete vilas agrícolas do município de Serra do Mel, na região Oeste do Estado.
emater/divulgação

Tripes ataca primeiro as folhas, depois a inflorescência e o frutoDe acordo com o Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), a vila Espírito Santo é a mais atingida, com prejuízos de 2 mil pés da fruta. O índice de infestação registrado no local chegou a 70%. O agricultor Aluízio Plácido de Azevedo é o maior prejudicado.
Segundo o assessor regional de culturas da região de Mossoró, José Roberval de Lima, se o controle não for feito, a produção de caju e castanha – base econômica da região, ao lado da apicultura – ficará comprometida em 2010. “A tripes-da-cinta-vermelha ataca a folha nova do cajueiro e se reproduz ali mesmo, movimentando suas colônias”, explica.
O problema já tinha sido registrado em outros anos, mas nunca nas dimensões atuais. “Tivemos a praga no ano passado, mas com aparecimento em áreas menores, não sendo registrado prejuízo”.
Os técnicos do Emater estão orientando os produtores a fazer o controle da praga através da aplicação de produtos químicos enquanto não descobrem uma solução natural, como a utilizada para combater a mosca-branca. A solução é indicada quando a infestação atinge 25% da planta. A doença ataca primeiro as folhas, passando depois para a inflorescência e, por último, necrosa o fruto da árvore.
A tripes-da-cinta-vermelha é comum no período de estiagem, entre maio e setembro, mas com o inverno fraco de 2010 a infestação tornou-se mais grave. Na área de Serra do Mel, segundo José Roberval, choveu apenas 200 milímetros neste ano. Nos últimos dois anos, a praga não apareceu devido ao grande volume pluviométrico que foi registrado no Rio Grande do Norte. “Se voltar a chover é certo que a praga desapareça. Do contrário, ela vai se espalhar durante todo o período de produção”, alerta.
Os técnicos do Emater ainda não arriscam falar em prejuízo de safra, tendo em vista que a proliferação ou desaparecimento da praga depende das precipitações deste período do ano. Porém, se levada em consideração a estimativa de 150 quilos de caju por hectare, a R$ 1,00 o quilo, estima-se que com a infestação atual a perda seria de 495 mil quilos de caju, um prejuízo aproximado de R$ 500 mil para o município.
Mosca-branca
O problema da tripes-da-cinta-vermelha se assemelha ao da mosca-branca, registrado há três anos, quando foram afetados quatro mil hectares de caju. Em 2008, mais de 1,5 hectares da planta foram devastados pela praga no município de Caraúbas, que não registrou produção da fruta. O controle da alta incidência do inseto foi feito através de uma combinação de óleo de caroço de algodão e detergente neutro.

Nenhum comentário:

Pesquisar este blog

Artigos

Gestão do Blog

Minha foto
Militar Estadual - Estudante de Direito - Área da segurança pública.