Publicação: 10 de Abril de 2010
Roberta Trindade - Repórter
Não há dúvidas de que exitem grupos de extermínio no Rio Grande do Norte. Prova disso, foi a coletiva realizada ontem à tarde na Secretária de Segurança Pública e Defesa Social para divulgar a prisão de dois policiais militares e um agente penitenciário. Os soldados, Wendel Fagner Cortez de Almeida e Rafael de Souza e o agente penitenciário Jackson Souza Alves estão, segundo a polícia, envolvidos diretamente no assassinato de Francisca Lúcia ocorrido no dia 5 de março deste ano, na zona Norte.
Júnior Santos
PMs e agente penitenciário presos são acusados de matar Francisca Lúcia, mulher de Jackson MichelFrancisca era mulher de Jackson Michel da Silva, 22 que atirou contra o soldado José Nelson Fernandes, 35 conhecido como J. Fernandes após uma invasão da polícia na casa dele (Jackson Michel), durante a madrugada da sexta-feira (5). O PM morreu com um tiro no ombro. Em represália à morte do policial, Francisca foi executada com quatro tiros. As investigações apontam para Wendel, Jackson Souza e Rafael como sendo os autores do assassinato da dona de casa.
O delegado geral da Polícia Civil, Elias Nobre disse que ainda falta prender algumas pessoas. “Sem dúvida existem grupos de extermínio atuando no Estado. J. Fernandes, por exemplo, era um bandido. Extorquia as pessoas. Ainda temos que prender outros envolvidos”.
Rafael está preso há três dias no quartel da Polícia Militar, no bairro do Tirol. Wendel e Jackson Souza Alves foram presos na manhã de ontem, ambos na zona Norte da capital. Jackson estava no Presídio Provisório Raimundo Nonato trabalhando quando recebeu voz de prisão.
Ronaldo Gomes, Márcio Delgado e Lenivaldo Pimentel, estiveram na casa de Jackson, no local onde Francisca foi morta, ouviram várias testemunhas, juntaram as peças, preencheram as lacunas até chegarem aos acusados. “Os PMs e o agente Penitenciário estão presos graças à ajuda da população que acreditou no trabalho da polícia”, disse Ronaldo.
Sobre o porquê dos policiais J. Fernandes, Talles Medeiros e Jery Jackson Alves terem ido até à residência de Jackson Michel e Francisca Lúcia, o delegado Ronaldo Gomes respondeu: “Para extorquir”.
Ronaldo disse que Talles Medeiros e Jery Jackson Alves não foram presos mas estão sendo investigados
pela polícia.
Questionado sobre a reputação de Jackson Michel e Francisca Lúcia, ele explicou que não existe nada nos autos do processo contra a índole de cada um deles. “Não temos nada que prove que eram envolvidos com drogas”.
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