Dois ônibus são queimados durante noite de protestos
Tribuna do Norte
Júlio Pinheiro - Editor
Os
protestos contra a atitude do Seturn em suspender o Passe Livre
resultou em dois ônibus incendiados em Natal, na noite desta terça-feira
(18). Os dois veículos pertenciam à empresa Guanabara e foram queimados
na avenida Bernardo Vieira, ao lado do Midway Mall, e no Bairro
Nordeste, no terminal da empresa. Ninguém que estava nos ônibus ficou
ferido durante a ação.
Alberto LeandroO ônibus incendiado no bairro Nordeste atraiu a atenção de moradores. Não há informação se o incêndio foi intencional ou não.
Os incidentes ocorreram durante a noite. Ao lado do Midway Mall, o ônibus incendiado, da linha 02 (Gramoré), estava com passageiros quando os manifestantes chegaram para a ação. De acordo com relatos de funcionários da Guanabara, o motorista chegou a se recusar a abrir a porta para a entrada dos manifestantes, quando teve início a depredação. O fogo, no entanto, só foi ateado depois que todos os passageiros estavam fora do veículo.
Populares informaram que os manifestantes utilizaram garrafas com líquido inflamável para iniciar o incêndio. O Corpo de Bombeiros chegou ao local quando as chamas ainda não tinham destruído completamente o veículo. Contudo, os manifestantes impediram os Bombeiros de combater o fogo até que o ônibus estivesse completamente em chamas.
Os Bombeiros conseguiram agir somente por volta das 23h, após barreira montada pelo Pelotão de Choque da Polícia Militar. Porém, quando teve início o trabalho para conter as chamas, pouco havia sobrado do veículo. "Foi um incêndio provocado, obviamente. Não pudemos controlar o fogo antes porque fomos impedidos", explicou um dos bombeiros que trabalhou no local.
Júlio Pinheiro/CelularSegundo
informações da Polícia Militar, alguns dos manifestantes foram
responsáveis pelo incêndio do ônibus na avenida Bernardo Vieira
Além do veículo queimado na Bernardo Vieira, outro ônibus da Guanabara foi incendiado no Bairro Nordeste. Funcionários da empresa confirmaram que a ação também foi criminosa, mas que não houve feridos e não se sabe quem provocou o incêndio. O ônibus, que cumpria a linha 25, ficou completamente destruído.
Rodoviários relataram que também houve uma tentativa de incêndio a ônibus da empresa Conceição, na Prudente de Morais. Porém, não houve a confirmação por parte do Corpo de Bombeiros.
Apesar
da ação da Polícia Militar para conter manifestantes em pontos
específicos da cidade, não há a informação sobre número de prisões ou
feridos. Relatos em redes sociais dão conta de que alguns dos
participantes dos protestos teriam sido atingidos por balas de borracha
durante a tarde e noite, precisando, inclusive, de socorro médico.
Reação
Com os protestos, os proprietários das empresas determinaram o recolhimento dos ônibus às garagens por volta das 21h30. Passageiros que ainda estavam nas ruas, como foi o caso dos que aguardavam os transportes no Midway Mall, ficaram sem que algumas linhas disponibilizassem veículos. Por parte dos funcionários, o clima foi de tensão durante a terça-feira.
O motorista Rogério Henrique Dantas, que trabalha há 12 anos no transporte coletivo, disse que nunca havia presenciado uma manifestação nessas proporções. Trabalhando na linha 72, ele relatou que manifestantes também picharam e adentraram o veículo em que cumpriu expediente durante a tarde e noite. "Tive que abrir a porta traseira. Se não abrisse, não sei se poderia ser agredido, ou o que mais poderia acontecer", disse. "Está muito complicado de se trabalhar", relatou.
O mesmo sentimento teve o cobrador Samuel Francisco, que trabalha há dois anos na Guanabara. Observando o ônibus da empresa completamente incendiado, o rodoviário disse que o dia foi de grande pressão e tensão sobre os funcionários. "Já tinha ocorrido o protesto da outra vez (quando ocorreu o aumento na tarifa), mas dessa vez foi mais tenso. É complicado porque precisamos trabalhar", relatou Samuel Francisco.
Os rodoviários não receberam orientação sobre como será o procedimento das empresas amanhã. Até o momento, o Seturn não se posicionou sobre a reativação do sistema de Passe Livre, que foi o foco do protesto desta terça-feira. O caso já está na Justiça.
Reação
Com os protestos, os proprietários das empresas determinaram o recolhimento dos ônibus às garagens por volta das 21h30. Passageiros que ainda estavam nas ruas, como foi o caso dos que aguardavam os transportes no Midway Mall, ficaram sem que algumas linhas disponibilizassem veículos. Por parte dos funcionários, o clima foi de tensão durante a terça-feira.
O motorista Rogério Henrique Dantas, que trabalha há 12 anos no transporte coletivo, disse que nunca havia presenciado uma manifestação nessas proporções. Trabalhando na linha 72, ele relatou que manifestantes também picharam e adentraram o veículo em que cumpriu expediente durante a tarde e noite. "Tive que abrir a porta traseira. Se não abrisse, não sei se poderia ser agredido, ou o que mais poderia acontecer", disse. "Está muito complicado de se trabalhar", relatou.
O mesmo sentimento teve o cobrador Samuel Francisco, que trabalha há dois anos na Guanabara. Observando o ônibus da empresa completamente incendiado, o rodoviário disse que o dia foi de grande pressão e tensão sobre os funcionários. "Já tinha ocorrido o protesto da outra vez (quando ocorreu o aumento na tarifa), mas dessa vez foi mais tenso. É complicado porque precisamos trabalhar", relatou Samuel Francisco.
Os rodoviários não receberam orientação sobre como será o procedimento das empresas amanhã. Até o momento, o Seturn não se posicionou sobre a reativação do sistema de Passe Livre, que foi o foco do protesto desta terça-feira. O caso já está na Justiça.
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